As medidas de segurança das abelhas são duas: a de profundidade, que é de 0,010 (1 cm.); e a de largura ou furo, que é de 0,004 (4 mm.).
As abelhas se alimentam com o auxílio da língüa, uma tromba fina e comprida, de 1 cm., podendo penetrar em fendas estreitas (furos pequenos) sem precisar enfiar o corpo, ou parte dele, para sugar o alimento.
Ficou visto que o limite do furo é de 0,004 (4 mm.), menos que iso a abelha não entra -- esta é a medida de proteção contra as abelhas. E o limite da profundidade, 0,01 (1 cm.) é proteção das abelhas para elas não comerem a isca envenenada.
Quanto aos depósitos, abertos ou fechados, pode ser empregada uma grande variedade de materiais, desde que cumpra as funções de contenção da isca e sua proteção.
A escolha para cada situação vai depender do custo e facilidades; tem até custo quase zero, como o corpo descartável (depois de usado). Neste caso, o copinho recebe, no fundo, cola branca ou de qualquer outro tipo (pode ser grude ou goma arábica, por exemplo). A quantidade desta cola deve ser de 1/2 (meio) centímetro. E, por cima, é colocado o açúcar cristal "tratado" até encher.
Deve-se esperar depois durante uma noite para que endureça. A cola pode ser substituída por água, chá, iogurte, café ou óleo. Deve-se virar e recolher o excesso seco. Em seguida, pendurar (ou dependurar) com cordão.
A isca propriamente dita vem a ser o veículo ou o condutor do atrativo, e vai desde as massas -- de farinha ou de vidraceiro -- até as pastas, podendo ser estas até as mais duras [tais como bala dura ou mole -- do tipo Chita ou Jujuba --, geléias (de mocotó, por exemplo) ou ainda do tipo gel].
Como atrativo, usualmente são empregadas as adocicadas (sabor e odor); açúcar cristal, refinado, mascavo, rapadura, melaço, glucose. O inseticida é qualquer um, indicado tecnicamente; o esterilizante é óxido cloreto de cobre (o sulfato é amargo).
O Dr. Octávio Nakano, da ESALQ (USP - Piracicaba/SP), publicou um trabalho seu comprovando positivamente o emprego do cobre (oxicloreto de cobre) a 0,02% no controle da mosca das frutas em pomar de citros -- ele usou calda doce (cinco quilos de açúcar cristal em 100 litros de água), pulverizando uma única vez em área total. O efeito esterilizante permaneceu por 14 dias após a interrupção do alimento (isca); demais informações a serem retiradas do óbvio.
Na escalada pela melhoria do controle das moscas das frutas, chegamos ao último degrau, dispensando depósito e proteção, aplicando-se o produto diretamente nos galhos (cola branca do tipo escolar) com açúcar tratado por cima, ou glucose (indu8strial) adicionada de oxecloreto de cobre (é como tudo começou e ainda é usado até hoje: pulverização ou benzecção.
Pesando as facilidades e o custo, a glucose se apresenta como a escolha certa para a maioria dos casos, com dificuldade apenas de evitar dias chuvosos ou com chuva iminente. A glucose vai demorar alguns dias para endurecer totalmente ou desaparecer por efeito do orvalho, mas permanece tempo suficiente para agir. O repasse pode assim ser feito a cada 30 dias. A aplicação
deve ser feita com uma espátula, quatro a cinco vezes, apenas do lado do sol (lado leste). Monitorar com armadilhas de garrafas pet.
Mas as pesquisas não devem parar, nem agora nem nunca; existem outros pontos para se pesquisar, tal como um atrativo ainda mais eficiente.
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